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O Que Faz um Arquiteto?


Descubra aqui as diferenças entre arquiteto, engenheiro civil, designer de interiores e decorador.

Se você tem essa dúvida significa que faz parte de uma grande maioria que não faz ideia de para que serve um arquiteto; mas não se preocupe! Nem mesmo nós arquitetos quando entramos na faculdade sabemos ao certo no que estamos nos metendo, e agora vamos explicar direitinho para que não restem dúvidas!

1 - O Arquiteto Projeta Mas o que isso significa? Significa que estudamos cerca de 6 anos para aprender como funcionam os espaços, como utilizamos os espaços, o que eles precisam para serem agradáveis, como permitir que as pessoas que vão habitá-los economizem na sua obra ou nas suas contas de energia, luz, água; como fazer com que se tire o máximo proveito das qualidades do terreno (ventilação, vista, sol, relevo etc). Basicamente somos responsáveis por entender o que o cliente precisa em termos de ambientes e fazer com que aconteça de uma maneira ainda melhor do que a visão que ele tinha na cabeça, e somos capacitados exatamente para solucionar possíveis conflitos que o cliente ainda não pensou que poderiam existir. Colocamos no papel suas ideias e as materializamos, é como se fosse o preparo de um jantar, você nos diz o que gostaria de comer e do que você não gosta, e certamente prepararemos um prato sob medida! Ainda não ficou claro? Então olha este exemplo: Você deseja construir a casa dos seus sonhos, você precisa de uma cozinha, uma sala de jantar e estar, uma varanda e três quartos. O papel do arquiteto é dar uma olhada no seu terreno, ver a topografia, estudar os condicionantes (vento, sol, paisagem, vista, odores, plantas existentes, ruídos, pontos alagáveis, tudo o que possa influenciar o projeto), e estudar as normas técnicas. Para quem não sabe, existem inúmeras normas relativas à arquitetura, alem disso o projeto precisa ser aprovado pela administração regional, por isso precisamos conhecê-las bem e segui-las sempre. O arquiteto precisa também estudar o gosto do cliente, o estilo que lhe agrada, as cores, formas, necessidades, personalidade; e por fim entregar-lhe um desenho (ou vários desenhos) dizendo onde ficará cada cômodo, onde ficarão as portas, janelas, estrutura, escadas, rampas, área de lazer, como funcionará a cozinha, se ela deve ser integrada ou segregada, iluminação, ar condicionado, qual o tamanho da sua cama, quais os móveis ideais e suas posições, cores, revestimentos, cortinas, persianas, enfim, o papel do arquiteto é colocar seu sonho no papel para que você possa executá-lo, e com todos os defeitos solucionados, e que você sequer sabia que existiam...

2 - Mas e o Engenheiro? Ele não pode fazer o projeto? Pode, mas será que é uma boa ideia? É muito comum confundir o papel do engenheiro com o do arquiteto. O engenheiro é responsável pelos projetos complementares (projeto estrutural, projeto elétrico, projeto hidráulico etc) além de uma série de outras competências relacionadas à obra, laudos, manutenção etc. Existe um Órgão responsável pelos arquitetos, assim como a OAB dos advogados, e se chama Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), ele institui a propriedade para exercer o projeto de arquitetura como sendo dos arquitetos (nada menos justo, não?). “Pois é, Renata, mas meu cunhado é engenheiro, ele disse que pode fazer o projeto para mim.” Qualquer pessoa que tenha conhecimento de desenho técnico é capaz de desenhar uma planta baixa, isso é certo, mas dificilmente uma pessoa que não estudou arquitetura terá a competência para fazer um projeto com a mesma qualidade de pessoas que estudaram meia dúzia de anos para aprender a fazer isso. Faz sentido, né? Além disso, todo projeto para ser executado demanda uma aprovação em Órgão Administrativo local, e essa aprovação é realizada pelo arquiteto e demanda uma assinatura de responsabilidade técnica com número de inscrição do Conselho de Arquitetura ou de Engenharia. O projeto será aprovado após a verificação de que este atenda a todos os parâmetros urbanísticos do local e a todas as normas de arquitetura vigentes (será que com toda a carga de normas relativas aos projetos de engenharia, o seu engenheiro ainda vai dar conta de conhecer as de arquitetura?). É importante esclarecer, também, que um projeto não é composto apenas de uma planta. Ainda que você tenha uma, a contratação do projeto será necessária, já que para executar a sua obra você também irá precisar de plantas de cobertura, implantação, situação, vários cortes e elevações - que são os desenhos que mostram verticalmente o seu projeto - etc.

3 - Mas e o designer de interiores? É a mesma coisa? Também não! O curso profissionalizante de design de interiores tem a duração média de dois anos e meio e forma especialistas voltados para o ambiente em si, o micro. Não é competência do designer de interiores a elaboração de projetos de arquitetura, ou seja, eles não tem autoridade nem autorização para criar edificações do zero, não estudam a mesma carga horária dos arquitetos acerca de estrutura, técnicas de construção, instalações, enfim. Mas eles tem sim, e muito mais que os arquitetos, competência para reformular, repaginar e reconfeccionar espaços existentes, obviamente sem alterar a estrutura arquitetônica. Por isso é muito comum que os designers firmem parcerias com arquitetos, para terem mais liberdade, sob responsabilidade técnica destes, para de fato realizar alterações arquitetônicas como demolições, modificações de instalações, esquadrias, enfim. Com um arquiteto, um designer e um engenheiro, você vai ter a melhor equipe possível para a realização de um projeto incrível e uma obra bem menos onerosa e demorada. O designer de interiores está sempre ligado nas últimas novidades e tendências do mercado. Ele entende de persianas, cortinas, revestimentos, papéis de parede, enxoval, mobiliário, móveis planejados, decoração, iluminação cênica e tudo relativo à confecção de espaços internos e áreas externas da melhor qualidade aliando estética, conforto, fluxos e funcionamento social e doméstico.

Toda essa parte mencionada não é atribuição do profissional de arquitetura, que deve buscar capacitação a respeito para poder atuar também na parte de interiores. Respeito imensamente a profissão dos designers, não a toa iniciei a minha formação como designer - além de arquiteta - no ano de 2017, e aprendi muito mais e me considero uma arquiteta infinitamente melhor por ter esses conhecimentos. E justamente por tê-los afirmo, é fundamental para quem deseja ter um espaço exclusivo e com imensa qualidade, pensado em detalhes, para ter a cara do cliente e a técnica do profissional, a contratação do designer de interiores. O arquiteto pensa e planeja o macro, o designer o micro, aliando os dois se tem o todo.

foto: CASACOR Brasília 2017.

Socorro, e ainda falta o decorador!! Respira que tá acabando!

4 - O Decorador O decorador é um profissional normalmente liberal que não demanda formação específica. Todo designer de interiores tem competência para realizar a decoração de ambientes, que consiste em lidar com tudo o que não é fixo, ou seja: objetos decorativos, móveis, lustres, pendentes, flores, enxoval etc. Normalmente os decoradores trabalham com eventos, festas de 15 anos, festas infantis, casamentos, exatamente por estarem acostumados a trabalhar com tudo o que é facilmente retirado e modificado. Tem muita facilidade de trabalhar com eventos porque demandam "reformas" ágeis para montar e depois retornar o espaço à mesma forma como foi alugado. O designer de interiores trabalha com coisas perenes, como bancadas, moveis planejados, pisos e revestimentos, além da decoração, que é a parte móvel. O decorador de profissão trabalha apenas com o que não é fixo.

Era isso o que tinha para contar para vocês hoje! Espero que tenham gostado do artigo e que tenha ficado claro! Vocês podem tirar dúvidas nos comentários, além de compartilhar essas informações com amigos e clientes!

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